O sonho começou como muitos grandes empreendimentos começam: com uma ideia simples, quase óbvia em retrospecto, mas revolucionária em seu tempo. São João da Boa Vista, 1965. Uma cidade interiorana como tantas outras em São Paulo, onde o tempo parecia fluir em seu próprio ritmo, distante das metrópoles agitadas e suas promessas de progresso.
Dr. Octávio da Silva Bastos não era como os outros políticos que ocuparam a cadeira de prefeito. Seus olhos carregavam algo diferente quando observavam as ruas da cidade - não viam apenas o que era, mas o que poderia ser. E o que ele viu, com clareza cristalina, foi uma verdade que muitos ignoravam: sem educação superior, São João continuaria sendo apenas um ponto no mapa, eternamente à sombra das grandes cidades.
Naquele 4 de novembro, quando a Fundação Sanjoanense de Ensino nasceu oficialmente, poucos entenderam a magnitude do momento. Os que estavam presentes assinaram seus nomes como doadores sem saber que estavam, na verdade, assinando uma nova página na história da região.
“A finalidade foi facilitar o estudo para muita gente que precisava estudar e não podia estudar em São Paulo, em Campinas. A intenção dele foi essa: não ganhar dinheiro, porque esse não era o caso, pois era um altruísta; ele queria tudo para a cidade e foi um homem formidável”, afirmava o Sr. Cristiano Osório de Oliveira Neto.
O dinheiro chegou aos poucos. Algumas notas aqui, um cheque maior ali. Cada contribuição parecia pequena isoladamente, mas juntas formavam algo maior. Como gotas que, persistentes, conseguem perfurar a pedra mais dura.
Em 1966, a Faculdade de Direito abriu suas portas. O prédio não era imponente - paredes recém-pintadas, carteiras de madeira alinhadas em salas modestas. Mas para os jovens que formaram a primeira turma, aquele espaço era um portal para um mundo de possibilidades que seus pais jamais tiveram.
O empenho e dedicação do Dr. Octávio era visível e reconhecido por todos. “A faculdade precisava de estudantes para funcionar e os estudantes precisavam de uma escola, então deu tudo certo. Eles pagavam e o Octávio, com esse dinheiro, começou a construção. E fazia questão de economia, sabe, de economizar nos tijolos, no emprego, e tudo isto, não deixava passar nada. (...) Ele era muito seguro, só fazia com dinheiro na mão, nada de empréstimo, nada, de jeito nenhum, e foi com dinheiro dos próprios estudantes que ele começou a construção de outras faculdades, porque fica caro! Fica caro, caro... Você nem imagina a dificuldade.”, contava Dª. Margarida, sua esposa.
A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras chegou em 1971, seguida pela Faculdade de Administração e Ciências Contábeis em 1973. Cada nova inauguração era como uma luz se acendendo em um corredor antes escuro. O conhecimento começava a circular por São João como uma nova moeda - valiosa, transformadora e, para muitos, revolucionária.
Há momentos que redefinem uma instituição. Para a fundação, esse momento veio em 1976. Dr. Octávio já não era mais prefeito, mas seu legado perduraria para sempre quando a Fundação Sanjoanense de Ensino se tornou oficialmente a Fundação de Ensino Octávio Bastos - FEOB.
Os que conheceram o Dr. Octávio contam que ele recebeu a notícia com o mesmo sorriso contido que exibia quando algo o emocionava profundamente. Não era homem de grandes demonstrações, mas quem o conhecia sabia: aquele sorriso significava mais que mil palavras de gratidão.
A década de 1980 trouxe ventos de mudança para o Brasil, mas na FEOB, sob a batuta do Dr. José Tarcisio Andrade Varzim, os princípios permaneceram inabaláveis: educação sem fins lucrativos, compromisso comunitário, olhos voltados para o futuro.
O mesmo esforço que envolveu a criação da Faculdade de Filosofia, de Administração e de Ciências Contábeis, posteriormente foi direcionado para a criação da Faculdade de Medicina Veterinária”, confessou o Sr. Manoel Clineu.
Em 1987, essa fome resultou na criação da Faculdade de Medicina Veterinária. O timing não poderia ser mais perfeito - a região, com sua vocação agrícola, clamava por profissionais especializados. A inauguração de um segundo Campus expandiu horizontes - literalmente.
O atual campus Mantiqueira foi construído em uma área que antes abrigava apenas pastos e árvores esparsas, o campus se ergueu como um testemunho concreto de que a educação pode, sim, transformar paisagens. Estudantes de cidades vizinhas, e logo de Estados distantes, começaram a fazer o caminho até São João. O sotaque mineiro se misturou ao paulista nos corredores; o vocabulário do sul encontrou expressões do nordeste nas cantinas improvisadas.
A unificação não foi apenas burocrática. Quando as faculdades isoladas se tornaram um centro universitário em 2000, sob o comando do professor João Otávio Bastos Junqueira, algo mais profundo aconteceu. Era como se peças diferentes de um quebra-cabeça finalmente encontrassem seu lugar, revelando uma imagem maior e mais significativa.
Unifeob. O nome que logo se tornou sinônimo de excelência regional. As placas foram trocadas, os documentos refeitos, mas a mudança mais importante aconteceu na mentalidade. Não eram mais faculdades isoladas - eram partes de um todo maior, com propósito comum.
A primeira década do novo milênio desafiou convenções. Enquanto o mundo se adaptava à revolução digital, a Unifeob percebeu que ficar parado significava retroceder. Novos cursos em diversas áreas de conhecimento responderam às demandas reais da população. A educação a distância, vista com desconfiança por alguns tradicionalistas, abriu portas que muitos nem sabiam que existiam.
2020 chegou como um teste de resistência que ninguém pediu. A pandemia global fechou portas, impôs distâncias, rompeu rotinas. Por um momento, o medo foi real: como uma instituição fundamentada no contato humano sobreviveria?
A resposta veio na forma de adaptação. Em menos de uma semana, aulas que sempre aconteceram em salas físicas migraram para o ambiente virtual. Professores que pouco haviam ligado uma câmera tornaram-se produtores de conteúdo digital. O impossível tornou-se necessário, e logo depois, tornou-se normal.
2025 marca seis décadas de uma jornada que transformou não apenas uma instituição, mas toda uma região. A Unifeob de hoje, com seu compromisso com a sustentabilidade, sua estrutura moderna e seu olhar voltado para o futuro, guarda pouca semelhança física com a pequena faculdade de Direito iniciada em 1966. Mas em sua essência, o DNA permanece o mesmo: transformar vidas por meio da educação, missão reafirmada constantemente pelo atual Reitor José Roberto Almeida Junqueira.
Falar com ex-estudantes da Unifeob é testemunhar o poder multiplicador da educação. São médicos veterinários que revolucionaram a produção leiteira regional. Advogados que defendem os direitos dos menos favorecidos. Professores que, inspirados por seus mestres, agora inspiram novas gerações. Administradores que geram empregos e desenvolvimento.
A história da Unifeob não é linear como parece à primeira vista. É feita de avanços e recuos, de apostas arriscadas e escolhas difíceis. É uma história de pessoas que, em diferentes momentos, seguraram o bastão da educação e correram sua parte da maratona antes de passá-lo adiante.
E como toda grande história, esta não tem um final - apenas capítulos que continuam sendo escritos a cada novo semestre, a cada nova turma, a cada nova descoberta. Porque a verdadeira medida do sucesso da Unifeob não está em seus prédios ou títulos, mas nas milhares de vidas que seguiram caminhos diferentes graças a uma ideia simples que floresceu em 1965: que a educação, quando levada a sério, tem o poder de reescrever destinos.
Para São João da Boa Vista e toda a região, a Unifeob não é apenas uma instituição de ensino. É a prova viva de que sonhos coletivos, quando cultivados com determinação ao longo do tempo, podem criar realidades que superam até mesmo as mais ambiciosas expectativas.
E essa história continuará sendo escrita, palavra por palavra, estudante por estudante, sonho por sonho.
Na Unifeob, a paixão pela educação une-se à experiência de vida de cada profissional. O resultado é uma equipe multidisciplinar formada por pessoas altamente capacitadas e aptas para um ensino transformador.
A palavra de origem latina rector tem por significado aquele que governa, que dirige e que guia. É necessário uma liderança comprometida com a instituição e, principalmente, com a educação para desenvolver políticas compatíveis aos dogmas e preceitos que regem toda a comunidade acadêmica. Por isso, é essencial um reitor competente e que trabalhe no intuito de elevar tanto o estatuto, quanto as diretrizes que promovem o fortalecimento ético, cívico e organizacional da Universidade.
O professor José Roberto Almeida Junqueira, graduado em Medicina Veterinária pela Unifeob e mestre em Educação pela PUC – Campinas.
Iniciou suas atividades na Unifeob em 1º de junho de 1992, como Médico do Hospital Veterinário. Posteriormente, assumiu a responsabilidade pelo Hospital Veterinário e a Direção do curso de Medicina Veterinária, de 1999 a 2002. Com a alteração regimental para Faculdades Integradas, passou a ocupar o cargo de Diretor de Graduação e Pós-Graduação. Após o credenciamento do Centro Universitário, foi Reitor de 2008 a 2012. Durante sua gestão como Pró-Reitor Acadêmico, ele foi o responsável pela implantação do Projeto Pedagógico Institucional baseado em Competências.
Atualmente, o professor José Roberto Almeida Junqueira está em seu segundo mandato como Reitor do Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos.
"A Unifeob tem em sua raiz a missão de educar gerações e traz, em seu Projeto Pedagógico ousado, a proposta de concretizar seu papel na sociedade e, principalmente, na vida das famílias que compõem nossa região.
Nosso foco é o estudante e seus sonhos. Nosso grande objetivo é moldá-lo profissionalmente, mas de uma forma que ele tenha autonomia intelectual para ser diferente em sua atuação.
O estudante deve ser mantido comprometido, habilitado e motivado. Por isso, nosso Projeto Pedagógico não tem a função de avaliar o estudante, e, sim, desenvolver com ele competências e habilidades, que serão necessárias para sua vida, tanto pessoal como profissional. E, para isso, investimos sempre em nosso corpo docente, para que ele esteja preparado.
Visamos sempre o aprimoramento pedagógico dos professores, pois levamos em consideração o ritmo acelerado das mudanças do mercado.
Somos uma instituição de tradição, mas mantemos nosso olhar atento ao presente e ao futuro, pois aprendemos todos os dias muito mais do que ensinamos."
José Roberto Almeida Junqueira
Reitor da Unifeob
Mantida pela Fundação de Ensino Octávio Bastos, a Unifeob – Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos, tem como primazia o oferecimento de ensino de qualidade e a formação de profissionais preparados para o mercado de trabalho, possuindo valores éticos e comprometimento social, além de receberem incentivo à pesquisa.
Contando com cursos de graduação e pós-graduação, a instituição é comprometida com a comunidade local, alinhando o conhecimento oferecido aos estudantes com práticas de responsabilidade social a fim de contribuir não apenas com a região cujo o campus está inserido, mas, também, com o desenvolvimento do país, sempre valorizando a ética, a cidadania, a liberdade e a participação coletiva.
Para a deliberação e normatização dos projetos acadêmicos, a Unifeob conta com o dois conselhos superiores: O CONSEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão -, sendo este o órgão central de supervisão das atividades didático-científicas de ensino, pesquisa e extensão, de competência deliberativa, normativa e consultiva. E o CONSUNI - Conselho Universitário como instância máxima da IES, tendo uma natureza consultiva e normativa de todas as ações acadêmicas da Unifeob.
Nosso negócio: transformar pessoas.
Sendo uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, a Fundação de Ensino Octávio Bastos é mantenedora do Centro Universitário – Unifeob.
A entidade é constituída por membros fundadores e membros doadores, que compõem a Assembleia Geral que elege os membros do Conselho Curador e o Conselho Fiscal.
O CONSUNI (Conselho Universitário) é a instância máxima de natureza consultiva e normativa da Unifeob.
Faz parte deste Conselho as atribuições quanto à apreciação, aprovação e homologação de políticas e planos da Unifeob instauradas no artigo 10º da Seção I, do capítulo II do Estatuto do Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos.
Titulares
· Recredenciamento presencial = Portaria nº 444, de 25/06/2021
· Recredenciamento EaD = Portaria nº 746, de 20/09/2021
· CI = Conceito Institucional
· Presencial = 4
· EaD = 5
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